quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

DRISHTI, poema de Marta Aurélia

Olhar de Buda
olhar de Brook
olhar de Vigo
das mulheres de Kodax
de Wenders
de Saramago
através da janela de quem vê com tudo
com as vísceras
com a veia
com a nuca
com a respiração
Olhar no além
para além dos olhos
para além da alma
para além do além
Olhar calmo
olhar no tempo de enxergar
olhar de pescador
de meditador
de quem medita a cor e a flor do mundo
no fundo é como existirmos em alma sem dor

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